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18 de abril de 2012

Um exercício: A Construção de um pensamento Sócio-Antropológico aplicado ao cotidiano da Moda

Este é o curso que vou ministrar no 8º Colóquio de Moda - 17 a 20 de setembro de 2012 - Rio de Janeiro


Público-alvo:
Profissionais e pesquisadores de moda nos campos da Administração, Artes Plásticas, Arquitetura, Comunicação, Design, Figurino, Marketing e áreas afins.
Objetivo: A proposta deste mini-curso consiste em trazer para o campo da moda - o pensamento Sócio- Antropólogico. Ressaltando sua importância na vida social e na construção e definição dos componentes culturais, tais como o vestuário e a moda. As ciências sociais quando pensam em moda, sua preocupação consiste em analisá-la como fenômeno social verificando seu desdobramento e circulação por meio da identidade sócio-cultural dos vários grupos sociais presentes em determinado tempo e lugar.
Ao falarmos de Moda, nos referimos à peças que os indivíduos portam sobre seu corpo, refletindo em símbolos e representações. Imprimindo expressões de um valor social construído do grupo pelo qual participa, valor este arquitetado na produção cultural e política que organiza estes corpos. Sem esquecer, que a moda ocupa um lugar central em nossas vidas porque nos permite definir nossa identidade social

15 de abril de 2012

Lars Svendsen: Moda: Ausência de crítica séria e descomprometida

Ciência e Cultura
Print version ISSN 0009-6725
Cienc. Cult. vol.62 no.2 São Paulo 2010

ENTREVISTA Lars Svendsen
Por: Astrid Façanha

PARA O ESCRITOR E PROFESSOR DE FILOSOFIA NA NORUEGA, DESDE QUANDO O CONCEITO DE ALTA COSTURA FOI ACEITO, EM 1860, A MODA ASPIRA OCUPAR SEU LUGAR NO MUNDO DA ARTE.
Lars Svendsen, professor associado do Departamento de Filosofia, da Universidade de Bergan, na Noruega, e autor do livro Fashion: a philosophy (editora Reaktion) esteve no final do ano passado, em São Paulo, para uma palestra sobre a crítica jornalística, no evento Pense Moda. Segundo o filósofo, desde quando a haute couture foi introduzida por volta de 1860, a moda aspira fazer parte do universo da arte, do qual foi excluída no século XVIII, quando passou a ser considerada mero ofício ou artefato.
Ainda assim, alguns dos primeiros designers de moda como Charles Frederick Worth (1825-1895) e Paul Poiret (1879-1944) se consideravam artistas e gostavam de pensar que criavam não sobre encomenda, mas a partir da própria subjetividade. Worth passou a "assinar" suas obras, ao colocar etiqueta com seu próprio nome nas suas roupas. Poiret tinha uma visão romântica da moda, criava peças autorais, se inspirava em correntes artísticas da sua época além de ser colecionador de arte e frequentador de ateliê de artistas.

9 de abril de 2012

Por um mapa antropológico da moda

Ciência e Cultura
Print version ISSN 0009-6725
Cienc. Cult. vol.62 no.2 São Paulo 2010


ENTREVISTA Massimo Canevacci
Por um mapa antropológico da moda
Tarcísio D'Almeida

O ANTROPÓLOGO ITALIANO MASSIMO CANEVACCI QUE, ALÉM DA MODA, TEM SE DEDICADO AOS ESTUDOS DOS COMPORTAMENTOS CULTURAIS CONTEMPORÂNEOS, DEFENDE UMA AMPLIAÇÃO DOS DEBATES EM TORNO DA MODA.


Entender a moda pelo enfoque antropológico. Esse é um dos roteiros de reflexão que permeia a atual trajetória intelectual do antropólogo italiano Massimo Canevacci, autor de Culturas extremas: mutações juvenis nos corpos das metrópolis (DP&A, 2005). Titular da cadeira de antropologia cultural na Faculdade de Sociologia da Universidade La Sapienza de Roma e professor visitante nas universidades de Frankfurt e de Nova York, Canevacci é autor de inúmeros livros que abordam estudos sobre antropologia das artes visuais, do cinema e das culturas urbanas.

Em sua primeira visita ao Brasil (1), Canevacci discutiu quais são as articulações existentes na moda, que atuam desde sua produção imaterial, seu consumo, as redes de contradições da mesma, além de enfocar ideologia e modismos. Para o antropólogo, o estudo sobre o tema, a partir de vários enfoques e correntes de pensamento, só melhora a sua compreensão.